O que é Literatura Infantil (para mim)?
Não é meu intuito definir ou conceituar aqui a Literatura Infantil. E a razão óbvia é o fato de que entre os maiores estudiosos, há o consenso de ser impróprio e até mesmo impossível fazê-lo.

Minhas considerações sobre a Literatura Infantil são para o campo prático de como a utilizo nas minhas empresas e programas, para saber de que tipo de livro estamos falando quando mencionarmos a Literatura Infantil.
Além disso, é muito prazeroso e muito satisfatório, para mim, escrever o que penso, particularmente, sobre o texto literário para crianças.
Acredito que o livro tido como Literatura Infantil é aquele que, escrito para a criança (marcado pela fantasia e linguagem popular), é por ela aceito, escolhido, eleito, dentre tantas possibilidades editoriais e mercadológicas existentes na atualidade.
Para mim, a criança, pelas características próprias da fase em que vive, sente-se atraída pela fantasia, pelos mundos a serem criados, curiosidades, surpresas, enigmas, etc.
Geralmente, elas escolhem os livros que desafiam a sua imaginação; ou ainda, livros que ― por serem de absoluta qualidade literária ― permitem que outros mundos e várias leituras sejam criadas pelo leitor.
É por essa razão que também imagino que as suas escolhas, quando dos livros para elas escritos, recaiam sobre aqueles que lhe tiram o fôlego, lhe façam chorar, rir, assustar, voar, sonhar, enfim, imaginar!
Esses livros não são raridades, muito pelo contrário. Mas precisam ser achados, garimpados, e, por isso, justamente por isso, eu criei o Mini Mega Leitor, para facilitar esse encontro.
Manuel Bandeira (2005), ao responder à sua própria pergunta “Quer escolher um livro bom mesmo para crianças?”, sugere a escolha pelos menos realistas e mais fantasiosos, e ainda sugere que se fique atento aos autores que tentam esconder “ensinamentos” dentro deles ― os livros.
Ele ainda afirma que literatura ― também a infantil ― “é farra, é diversão, é sonho, é pausa para alimentar a alma, para fortalecer as emoções, para pensar com o coração, para raciocinar com o fígado, para entender com o pâncreas.” (BANDEIRA, 2005, p. 183).
Continuando, entendo como Literatura Infantil aquele livro que, opondo-se aos didáticos e paradidáticos, não querem dizer nada, embora digam muito, mas de muitas formas e sempre, dependendo de quem o lê, quando lê e para quê lê.
Por isso, apesar do adjetivo “infantil”, que o acompanha, acredito que o texto literário para crianças seja aquele livro que para ela foi escrito, por ela escolhido (por sua capacidade e necessidade de fantasia, etc.) e que pode ser lido também por jovens e adultos.
Você já conhece o Mini Mega Leitor? Fazemos livros superpoderosos, super validados por milhares de crianças. Saiba mais aqui.
Um abraço,
Vivi