Poema-homenagem
Poema-homenagem à Maria Paola, co-fundadora do Movimento Aliança de Misericórdia. Esse texto foi publicado em junho de 2010, na Revista do Movimento, em memória do seu aniversário de falecimento.

Maria Paola: a Princesa-Jardineira
Há uma lonjura de tempo,
uma menina encontrou o Sol
no brilho de uma pétala de rosa.
O coração da menina ardeu
e se apaixonou.
Ela era filha da Rainha e
tinha o mesmo nome da Mãe:
Maria.
A menina usava seus dias para cuidar
do Jardim que ficava no quintal
verde-vida do Reino.
Maria gostava de dançar
com as cores
e com os perfumes das flores.
A Rainha guardava cada coreografia
de Maria, a Princesa,
na caixa-preciosa do seu Coração.
Em cada pedaço do tempo da sua vida,
a menina pensava no Sol-Amado
e queria morar com Ele
nos dias que nunca acabam.
Enquanto esperava por isso,
a Princesa-Jardineira cuidava
das flores pequenas, médias e grandes;
e cada uma delas refletia
o brilho do Sol.
Um mistério!
Numa manhã escondida
no véu do tempo,
um espinho feriu Maria.
As flores se alvoroçaram.
Mas, o sorriso da menina abraçou
todas as flores do jardim.
Houve paz e alegria!
Depois, numa tarde caída da asa de um anjo,
o Sol-Amado chamou Maria
para se esconder no céu azul-de-noiva
que Ele coloriu só para ela.
A Princesa-Jardineira sabia
que um riacho de saudades
nasceria no Jardim.
Mas a doçura do Sol-Amado
gritava em seu coração:
vem, Maria!
O encontro dos dois
foi uma explosão de cores
e fez nascer um arco-íris
sobre o oceano de saudades
que inundou o jardim.
Antes de saltar
para a obra-prima do Sol-Amado,
a Jardineira-Princesa soprou
uma ventania de vida sobre o jardim
e disse: sono felice!